Previsto na própria Lei de criação do Banco, o ETENE (Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste) começou a se organizar nos primeiros meses de 1954, contando com a cooperação técnica de missões externas de alto nível, que apoiaram a instituição em seus primeiros passos.
16 fatos sobre o Banco do Nordeste
O Banco do Nordeste é uma instituição financeira significativa no Brasil, com um papel fundamental no desenvolvimento da região Nordeste. Como um dos principais motores de crescimento econômico e social, o banco se dedica a fornecer uma variedade de serviços financeiros para apoiar as necessidades da população local.

O Banco do Nordeste é uma instituição financeira significativa no Brasil, com um papel fundamental no desenvolvimento da região Nordeste. Como um dos principais motores de crescimento econômico e social, o banco se dedica a fornecer uma variedade de serviços financeiros para apoiar as necessidades da população local.
Com uma visão focada na promoção do desenvolvimento sustentável, o Banco do Nordeste é reconhecido como um importante contribuinte para a redução das desigualdades sociais e regionais. Através de seus esforços contínuos, o banco continua a fazer uma diferença positiva na vida das pessoas na região Nordeste do Brasil.
1 Dica de vídeo sobre o Banco do Nordeste
Antes de fazer a leitura da história do Banco do Nordeste, é recomendado que você assista à essa dica de vídeo logo abaixo.
Logo após assistir o vídeo, fique por dentro da história do Banco do Nordeste, de uma forma jamais vista.
Acompanhe a história do Banco do Nordeste.
Origem e criação

Em 1951, após uma viagem ao Nordeste para avaliar os danos causados pela seca, o Ministro da Fazenda da época, Horácio Láfer, propôs ao Presidente Getúlio Vargas a criação de um banco.
A instituição foi estabelecida pela Lei Federal nº 1.649, de 19 de julho de 1952, como uma instituição financeira múltipla e organizada sob a forma de sociedade de economia mista, de capital aberto, com mais de 90% de seu capital sob o controle do Governo federal do Brasil.
Sede e atuação

A sede da instituição está localizada na cidade de Fortaleza, Ceará. Através de suas 300 agências, a instituição atua em cerca de 2 mil municípios, abrangendo os nove estados da Região Nordeste, o norte de Minas Gerais e o norte do Espírito Santo.
Esta área de atuação é definida pela área de atuação do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE).
Desenvolvimento regional

Como a maior instituição da América do Sul voltada para o desenvolvimento regional, a instituição atua como executora de políticas públicas, sendo responsável pela operacionalização de programas como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) e a administração do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE).
Além dos recursos federais, a instituição tem acesso a outras fontes de financiamento nos mercados interno e externo, por meio de parcerias e alianças com instituições nacionais e internacionais, incluindo instituições multilaterais, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O ETENE

O ETENE tem se mantido, ao longo de sua história, como um diferencial da instituição em relação às demais instituições financeiras, pela geração de uma das mais consistentes e respeitadas bases de dados sobre a economia e outros aspectos da realidade nordestina.
Política econômica

Criada em 1998, a instituição é responsável pelo maior programa de microcrédito produtivo orientado da América do Sul, o CrediAmigo, cuja metodologia de formação de grupos solidários dispensa apresentação de garantias.
A instituição também opera o Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste (Prodetur/NE), criado para estruturar o turismo da Região com recursos da ordem de US$ 800 milhões.
Os agentes institucionais englobam as entidades governamentais (federal, estadual e municipal) e não-governamentais. As pessoas físicas compreendem os produtores rurais (agricultor familiar, mini, pequeno, médio e grande produtor) e o empreendedor informal.
Atração de investimentos e desenvolvimento

A instituição desempenha um papel crucial na atração de investimentos, apoiando a realização de estudos e pesquisas com recursos não reembolsáveis e estruturando o desenvolvimento por meio de projetos de grande impacto.
Mais do que um agente de intermediação financeira, a instituição se propõe a prestar atendimento integrado a quem decide investir em sua área de atuação, disponibilizando uma base de conhecimentos sobre o Nordeste e as melhores oportunidades de investimento na região.
Programa Agroamigo

Em 2005, o microcrédito orientado chegou à zona rural com a criação do programa Agroamigo, que já ultrapassa a marca de 1,4 milhão de clientes. O programa opera em parceria com o Instituto Nordeste Cidadania (INEC) e a Secretaria Especial da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário.
Trata-se de uma iniciativa pioneira no Brasil que busca à concessão de financiamento para agricultores familiares, adotando metodologia própria de atendimento, cuja principal premissa é a concessão de crédito orientado e acompanhado.
O PRODETER

O Programa de Desenvolvimento Territorial (Prodeter) é um dos instrumentos por meio do qual se materializa a Política de Desenvolvimento Territorial da instituição, buscando promover o planejamento, a implementação e a autogestão do processo de desenvolvimento sustentável dos territórios e o fortalecimento da sua economia.
Políticas de crédito verde

Atuando na região do semiárido brasileiro e considerando a vulnerabilidade regional às mudanças climáticas, a instituição tem atuado em políticas de crédito verde, incentivando a melhoria do desempenho socioambiental dos empreendimentos que financia, disponibilizando crédito para preservação, conservação e recuperação ambiental, além de sustentabilidade nos negócios.
Centro administrativo

O Centro Administrativo Presidente Getúlio Vargas (CAPGV), localizado no bairro do Passaré, em Fortaleza, Ceará, é a sede atual da instituição.
Inaugurado em 1984, o CAPGV conta com uma área de mais de 120 mil metros quadrados e vários edifícios, sendo o maior bloco destinado à administração do banco, e os demais relacionados à estrutura de TI, Universidade Corporativa, Gabinete da Diretoria, Agência, Auditórios e Áreas Comuns.
Além disso, em Fortaleza, estão algumas empresas relacionadas à instituição, incluindo a Camed (Plano de Saúde dos Funcionários e Seguradora), a CAPEF (Plano de Previdência Complementar dos Funcionários), o BNB Clube e o Instituto Nordeste Cidadania (INEC).
Instituto Nordeste Cidadania

O Instituto Nordeste Cidadania (INEC) é uma organização civil sem fins lucrativos, fundada em 27 de fevereiro de 1996 por funcionários do Banco do Nordeste. Eles contribuem financeiramente e voluntariamente para a realização das atividades do INEC.
Inicialmente, o INEC surgiu como Comitê de Ação da Cidadania dos Funcionários do BNB em 1993, com ações emergenciais, como a doação de cestas básicas, roupas e brinquedos.
Em 1996, o comitê foi renomeado como Instituto Nordeste Cidadania e formalizado como uma Organização Não-Governamental (ONG). Isso intensificou a implantação de projetos produtivos que geram emprego e renda.
Anos depois, o INEC foi qualificado como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), passando a manter os projetos de desenvolvimento comunitário e, por meio de um Termo de Parceria, passou a operacionalizar os programas Crediamigo e Agroamigo.
Hub de inovação do Nordeste

O Hub de Inovação Banco do Nordeste é uma extensão do Banco do Nordeste, com o objetivo de catalisar a gestão da inovação para processos, produtos e serviços do próprio Banco do Nordeste, através do incentivo ao empreendedorismo inovador.
O HUB foi criado em 2016, quando o então ministro das Comunicações, André Figueiredo, juntamente com o então presidente do banco, Marcos Holanda, idealizaram uma proposta de criação de um centro de pesquisa em inovação com foco em telecomunicações.
Em 2017, o BNB investiu cerca de R$ 45 milhões em inovação. Os planos para 2018 são de intensificar o investimento (R$ 60 milhões) para financiar startups. No primeiro semestre de 2022, o Banco registrou um lucro líquido de R$ 701,3 milhões.
O BNB obteve operações de crédito e R$ 22,4 bilhões investidos nos nove estados que compõem a região nordeste, além de parte de Minas Gerais e Espírito Santo.
O Criatec

Desde a sua primeira edição, o Banco do Nordeste é cotista dos fundos Criatec. Os fundos Criatec iniciaram sua série em 2007 com o objetivo de realizar investimento em empresas nascentes de rápido crescimento em diversas áreas de tecnologia.
Os fundos são geridos por investidores privados, mas recebem aportes de bancos públicos como BNDES, BRB e BNB, e agências de fomento. Aqui estão as edições do Criatec:
Criatec I (2007): R$ 100 Milhões, com aporte do BNB de R$ 20 Milhões (20% de participação). Os gestores foram Antera Gestão de Recursos e Instituto de Inovação.
Criatec II (2013): R$ 185 Milhões, com aporte do BNB de R$ 30 Milhões (16,2% de participação). O gestor foi Crescera Capital.
Criatec III (2016): R$ 220 Milhões, com aporte do BNB de R$ 20 Milhões (9% de participação). O gestor foi Inseed Investimentos.
Criatec IV (2021): R$ 300 Milhões. Os gestores foram Crescera Capital e Triaxis Capital.
O BNBPAR

Durante o processo de recriação da SUDENE em 2005 no Governo Lula, políticos e empresários tentaram criar no Banco do Nordeste um braço focado em investimento direito. Chamado BNBPAR, a ideia seria permitir que a instituição fizesse aportes diretos em empresas de sua área de atuação, funcionando similarmente ao BNDESPAR.
Ao fim, o projeto não seguiu em frente, sob a alegação dos riscos que acarretaria a instituição financeira, a sobreposição de responsabilidades com o BNDESPAR, e mais importante, a alegada falta de empresas de porte suficiente que viabilize este tipo de captação.
Uma década depois, em 2015, durante a gestão do presidente Nelson de Souza, o banco elaborou um projeto interno de criação do BNBPAR e encaminhou para apreciação e aprovação do Ministério da Fazenda, mas o projeto não foi concretizado.
Centro cultural Banco do Nordeste

Em 2006, a cidade de Juazeiro do Norte (CE) foi contemplada com uma nova unidade do Centro; no ano seguinte, foi a vez de Sousa (PB).
Há um fundo editorial para literaturas contextualizadas com a cultura e expressões da área de abrangência do Banco do Nordeste.[33] Uma das obras editadas é um Adagiário Brasileiro do folclorista Leonardo Mota.